Arco tem 28 anos e, após romper mais uma relação amorosa, sua vida começa a tomar rumos inesperados: uma briga em família, a revelação de um segredo, uma viagem à Itália e o encontro com o desconhecido. A viagem se torna um meio de fugir dos problemas de um passado carregado de traumas e fantasmas. No entanto, após conhecer Lano, seus planos mudam radicalmente e, sem perceber, Arco trilha novamente o caminho até o abismo. O jovem paulistano começa a perceber que não conseguirá seguir em frente se não encarar o passado. Muitas vezes, para que algo dê certo, alguma coisa tem que dar errado.
“Eu não queria me apaixonar. Ter alguém na mente e no coração era sinônimo de tempo perdido, vida desperdiçada, despedaçada. Mas estava acontecendo. O pouco controle que eu tinha todas as vezes em que pensava nele, era somente por tudo que aprendi com os que vieram antes dele. O passado me ajudou. Ainda que tenha sido uma tempestade de areia, quando passou, se transformou em algo sólido, como o chão que eu pisava. Lano não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas percebia que eu o olhava diferente. Às vezes agradeço por ele não me corresponder e eu ficar sonhando como seria nossa vida juntos. Outras vezes, sofro. Por não tê-lo, por estar ligado a uma nova paixão e ainda preso aos fantasmas do passado.
Talvez eu goste dessa tortura. Mas sei que em algum momento ela irá acabar.
E isso é ainda pior”.
